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Crianças com alergias respiratórias podem ter complicações ao COVID-19?

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Por mais que as crianças, de modo geral, não manifestem sintomas de COVID-19 de forma mais severa, a doença ainda pode afetá-las.

No caso dos pequenos que sofrem com alergias respiratórias, como asma e DPOC, a situação fica ainda mais complicada, já que esta infecção viral também compromete a respiração e a função pulmonar como um todo.

O que é asma?

Asma é uma doença comum das vias aéreas ou brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões) causada por inflamação das vias aéreas.  A asma causa os seguintes sintomas:

– falta de ar ou dificuldade para respirar
– sensação de aperto no peito ou peito pesado
– chio ou chiado no peito
– tosse

Esses sintomas variam durante o dia, podendo piorar à noite ou de madrugada e com as atividades físicas. Os sintomas também variam bastante ao longo do tempo. Às vezes desaparecendo sozinhos, mas a asma continua lá, uma vez que não tem cura.

Ação do novo coronavírus em quadros de alergias respiratórias

“A asma é uma doença das pequenas vias aéreas e o COVID-19 é uma doença intersticial, que compromete o interstício do pulmão. Este vírus dificulta a passagem do oxigênio, para dentro do sangue, e do gás carbônico, do sangue para dentro dos alvéolos. Essa dificuldade faz com que a saturação do oxigênio caia. Sendo assim, um paciente asmático que contrai uma virose respiratória sofrerá, provavelmente, mais broncoespasmo do que o normal”, explica o pneumologista e geriatra José Eduardo Martinelli.

Ainda segundo o especialista, o novo coronavírus provoca, dentro do organismo da criança e do adulto asmáticos, uma exacerbação da doença, o que resulta em uma irritação maior. “Tendo isso em mente, pode-se afirmar com segurança que pacientes com alergias respiratórias, ao pegarem o novo coronavírus, podem ter uma dificuldade respiratória maior”, afirma o médico.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a asma é uma das doenças crônicas mais comuns que afetam crianças e adultos, acometendo cerca de 300 milhões de pessoas no mundo todo. Isso significa que um número grande de pessoas se encontra em situação vulnerável com a ameaça ainda vigente do novo coronavírus, o que exige cuidados redobrados.

Principais cuidados para evitar COVID-19 e crises respiratórias

Nesse cenário, é fundamental que os pacientes, em primeiro lugar, sigam firmes no tratamento contínuo contra a asma e adotem na rotina todos os cuidados possíveis para não serem infectados pela COVID-19. Portanto, higiene constante das mãos e objetos pessoas, uso de máscara e evitar aglomerações, além do uso dos medicamentos necessários para controle da asma são medidas imprescindíveis.

 

Fonte: Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)

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