Introdução
A síndrome de liberação de citocinas é uma complicação que pode ocorrer em resposta a terapias baseadas em células, como células T CAR e alguns anticorpos monoclonais. Embora seja diferente da síndrome da lise tumoral, a síndrome de liberação de citocinas está relacionada a uma ativação excessiva de glóbulos brancos, resultando na liberação de substâncias inflamatórias chamadas citocinas. Neste artigo, exploraremos em detalhes essa síndrome, incluindo seus sintomas e opções de tratamento.
Sintomas da síndrome de liberação de citocinas
A síndrome de liberação de citocinas pode apresentar uma variedade de sintomas.
Mas os sintomas mais comuns incluem febre, cansaço, perda de apetite, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, diarreia, erupções cutâneas, respiração rápida, cefaleia, confusão e alucinações. Esses sintomas são resultado da resposta inflamatória sistêmica causada pelas citocinas liberadas em excesso.
Tratamento da síndrome de liberação de citocinas
O tratamento da síndrome de liberação de citocinas depende da gravidade dos sintomas e da causa subjacente. Em casos leves, o tratamento é principalmente de suporte, visando aliviar os sintomas individuais. Isso pode incluir o uso de antipiréticos para reduzir a febre, analgésicos para aliviar as dores musculares e articulares, e repouso adequado para combater o cansaço.
Em casos mais graves, pode ser necessário um tratamento mais agressivo. Isso pode envolver terapias com oxigênio para garantir uma adequada oxigenação do corpo, administração de líquidos intravenosos para manter a hidratação e medicamentos para aumentar a pressão arterial em casos de hipotensão.
Além disso, medicamentos para diminuir a inflamação, como corticosteroides, podem ser prescritos para controlar a resposta inflamatória sistêmica. Em situações mais críticas, a terapia intensiva pode ser necessária para monitorar de perto os sinais vitais do paciente e fornecer suporte vital adequado.
Prevenção da síndrome de liberação de citocinas
A prevenção da síndrome de liberação de citocinas é um aspecto importante a ser considerado, especialmente em terapias baseadas em células. Os profissionais de saúde devem estar atentos aos sinais precoces da síndrome e monitorar de perto os pacientes durante e após a administração dessas terapias. A identificação precoce dos sintomas e a intervenção imediata podem ajudar a prevenir complicações graves.
Conclusão
A síndrome de liberação de citocinas é uma complicação potencialmente séria que pode ocorrer em resposta a terapias baseadas em células, como células T CAR e anticorpos monoclonais. É essencial reconhecer os sintomas dessa síndrome e buscar atendimento médico adequado para um diagnóstico correto e um plano de tratamento apropriado.
Com intervenção oportuna e cuidados de suporte, é possível gerenciar efetivamente a síndrome de liberação de citocinas e minimizar seus impactos negativos na saúde do paciente.
Fonte: Por Robert Peter Gale, MD, PhD, DSC(hc), Imperial College London traduzido por Tatiane Puga Lima – Momento Saúde
