Pfizer investe em pesquisas e transforma a América Latina em polo científico

Mulher realizando pesquisas em laboratório + subtítulo

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Um movimento que reposiciona a ciência latino-americana

O avanço da medicina global passa cada vez mais pela América Latina — e um dos maiores impulsionadores dessa transformação é a Pfizer. A farmacêutica americana anunciou recentemente um aporte superior a US$ 524 milhões para ampliar sua rede de pesquisa clínica na região. O investimento marca não apenas um salto quantitativo, mas também qualitativo no desenvolvimento de novas terapias e vacinas.

Esse cenário reforça como a Pfizer investe em pesquisas com o objetivo de acelerar a inovação e gerar impacto direto na vida de milhões de pessoas.

América Latina: um novo centro de inovação em saúde

A Pfizer reconhece o potencial estratégico da América Latina para a ciência global. A região oferece uma combinação valiosa de:

  • Diversidade genética e étnica da população.

  • Estrutura de saúde em constante aprimoramento.

  • Profissionais qualificados e comprometidos com a pesquisa clínica.

Com mais de 500 centros ativos em países como Brasil, Argentina, México, Chile e Colômbia, a América Latina é hoje uma das principais regiões para testes de novos medicamentos, vacinas e tratamentos biotecnológicos.

O Brasil como pilar do investimento científico

Nenhum outro país da região concentra tantos centros de pesquisa ativos quanto o Brasil. Atualmente, são 332 centros em funcionamento, responsáveis por 47 estudos clínicos em andamento. Esse protagonismo se deve a uma combinação de fatores: a diversidade da população brasileira, a qualificação dos profissionais de saúde, a capacidade das instituições de ensino e a estrutura hospitalar disponível.

Entre 2022 e 2024, os investimentos da Pfizer no Brasil cresceram consideravelmente. Em 2022, o aporte foi de US$ 11,85 milhões; em 2023, chegou a US$ 12,33 milhões; e para 2024, a previsão é de US$ 13,31 milhões. A presença da Pfizer em território nacional é um reflexo direto da confiança da empresa na competência científica brasileira e na relevância do país para os estudos com impacto global.

Abrysvo: um exemplo de pesquisa com impacto direto

Um dos resultados mais expressivos dessa nova fase de investimento foi o desenvolvimento da vacina Abrysvo, contra o vírus sincicial respiratório (VSR), voltada à imunização de gestantes.

O estudo clínico contou com quatro centros brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), além de centros na Argentina — onde um braço da pesquisa com 11 mil participantes teve os resultados publicados na renomada revista The Lancet.

Hoje, a vacina já faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), mostrando como os investimentos em pesquisa clínica podem gerar benefícios concretos e de curto prazo para a saúde pública.

Pesquisa clínica e impacto socioeconômico

O aumento do investimento em pesquisa clínica tem impactos profundos:

  • Profissionais da saúde são capacitados para atuar em protocolos internacionais.

  • Hospitais, clínicas e universidades recebem recursos que melhoram sua infraestrutura.

  • A população ganha acesso antecipado a terapias que ainda não chegaram ao mercado.

Além disso, estudos clínicos movimentam economias locais, criam empregos e consolidam centros de excelência científica em regiões historicamente menos atendidas.

Outras frentes de estudo em andamento

A Pfizer também mantém pesquisas em andamento que buscam alternativas terapêuticas para diferentes doenças. Um dos focos está no tratamento do mieloma múltiplo por meio de terapias imunológicas mais avançadas, que oferecem novas possibilidades para pacientes com poucos recursos terapêuticos. Outro campo de interesse é a hemofilia, em que a empresa trabalha no desenvolvimento de soluções inovadoras que proporcionem melhor qualidade de vida e maior controle da doença.

A empresa também tem investido na continuidade dos estudos antivirais, especialmente após a contribuição significativa da região na fase de validação de tratamentos contra a Covid-19. Essas pesquisas têm potencial para responder a ameaças futuras de forma mais rápida e eficaz.

O que falta para avançar ainda mais?

Apesar dos avanços significativos, ainda existem gargalos que precisam ser enfrentados para que a América Latina alcance seu pleno potencial como centro global de pesquisa clínica. Um dos principais desafios é a lentidão nos processos regulatórios, que em alguns países ainda não acompanham a agilidade necessária para aprovar e viabilizar estudos de forma eficiente.

Além disso, a integração entre governos, empresas e universidades ainda precisa ser fortalecida. A criação de políticas públicas que incentivem a inovação, aliadas a um ambiente regulatório estável e transparente, será essencial para sustentar o crescimento do setor. Também é necessário ampliar os investimentos em educação científica e formação de novos pesquisadores, garantindo uma base sólida para o futuro.

Conclusão

O cenário atual demonstra claramente que a Pfizer investe em pesquisas com foco no futuro — e a América Latina, com protagonismo do Brasil, é peça-chave nesse movimento. A combinação de estrutura, talento humano e diversidade populacional transforma a região em uma aliada indispensável da inovação científica.

Com isso, além de acelerar o desenvolvimento de novas terapias, a empresa contribui para o fortalecimento econômico, educacional e social dos países envolvidos. O desafio agora é garantir que esse ciclo de avanço continue evoluindo com solidez, ética e colaboração mútua.

Fontes:
Pfizer;
The Lancet;
ABRACRO;
Ministério da Saúde;
Fiocruz.

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